FALAR
O QUE DÁ NA TELHA
Muita gente hoje em dia costuma falar o que
dá na telha. Mas, o que significa este “dá na telha”? significa falar abruptamente,
isto é, sem pensar, sem antes medir ou ponderar tudo aquilo que vem à cabeça.
Você já fez isso?
Bem, eu já. E saiu assim meio de repente que enquanto
eu falava a minha consciência já me censurava, e quase pude ouvir o meu interior
reclamando: “Pare!” você já falou demais! já aconteceu isso com você?
O problema mais sério é quando tal procedimento
se torna costumeiro. Vai falando e tendo problemas ou causando problemas, mas
continua do mesmo jeito, sem se preocupar em fazer o devido policiamento ou juízo.
Quando a pessoa age assim de maneira contumaz ocorre, então, o verdadeiro “falar
o que dá na telha”.
PROFESSORES
QUE NÃO PREPARAM A AULA
Não faz muito tempo eu li uma matéria que
apontava uma aluna de curso superior que reclamava a ausência de plano de aula por
parte dos seus mestres. O que acontecia, dizia ela, é que os professores
falavam o que “dava na telha”. Dessa maneira, a classe era prejudicada, pois
não alcançava o índice de conhecimento necessário para seguir adiante. Somente
uma professora seguia o cronograma acadêmico e ainda trazia materiais
pertinentes à sala de aula... Só aquela mestra exercia o magistério de forma
exclusiva, enquanto os demais disseram que não tinham tempo, pois cumpriam
outras atividades.
Já, outro aluno declarou que estava
satisfeito, mas na sua disciplina os professores também tinham compromisso com
responsabilidades em órgãos públicos, daí a exiguidade de tempo. “Eles nem
pedem trabalho extraclasse”, enfatizou.
PASTORES
QUE NÃO PREPARAM O SERMÃO
Infelizmente este mal não é típico daquela
pessoa que coloquialmente
Este problema também pode ser verificado nos
púlpitos de algumas igrejas. Pastores que “não têm tempo” para preparar a
mensagem alegam para si próprios e até para a igreja, que falarão sob
orientação divina. Desta forma, com um sermão enfadonho por um lado, sem
conteúdo por outro, estes arremedos de obreiros fiéis, falam de tudo um pouco e
não chegam a lugar nenhum. A igreja recebe as pessoas sequiosas por uma palavra
consistente de ânimo e esperança em Cristo Jesus, porém o que veem é um fogo
estranho no altar.
Enquanto isso, Deus nos diz por meio do
profeta Isaias da seguinte forma:
“A minha casa será chamada casa de oração para todos os
povos" (Isaías 56.7).
Na vã tentativa de amenizar a situação os obreiros
que “não têm tempo” para preparar o sermão, alegam que são espirituais e que na
hora certa Deus vai mandar a mensagem. Entretanto, a Bíblia nos mostra que Jesus
ensinou que o Espírito Santo faria lembrar de tudo... Vejamos:
"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará “lembrar” de
tudo quanto vos tenho dito" (João 14.26).
Neste versículo bíblico coloquei entre aspas
a palavra lembrar objetivando realçar que, Jesus disse que o Espírito Santo ensinaria
primeiro, e, em segundo lugar, faria lembrar! Ora, é preciso primeiro ter a
humildade de aprender, para que seguidamente Ele faça lembrar.
Este conselho está conformidade com esta
outra elocução de Cristo:
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5.39).
Tem gente que defende a ideia de que neste texto Jesus “não”
estava ordenando que se examinasse a Bíblia porque ela testificava Dele. Dizem
isso por causa do tempo verbal. O “examinais” está na 2ª pessoa do plural, no
tempo presente. Se Jesus estive ordenando o verbo deveria estar na 2ª pessoa do
plural, só que no tempo imperativo, e ficaria assim: “Examinai” as escrituras,
porque vós...
Neste caso percebemos que eles estão certos! Jesus não ordenou,
Ele afirmou! Mas, em contrapartida vemos que o Mestre não os reprovou por eles
examinarem as escrituras. Ele os censurou pelos motivos que aparecem nas três
assertivas dos três versos imediatamente seguintes:
“E não quereis vir a mim para terdes vida. Eu não recebo glória
dos homens; mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus (João
5.40-42).
Além de Jesus não reprová-los por eles examinarem
as Escrituras (porque os judeus acreditavam ter nelas o ensino sobre a vida
eterna, e sabiam que havia naquele conteúdo o testemunho a respeito Dele). Vários
argumentos sobre o testemunho da supremacia de Cristo foram colocados
anteriormente neste capítulo, porém Ele próprio filtra e indica apenas este:
“E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou
de mim” (João 5.37).
Assim temos a síntese de que, se Jesus não
reprovou o examinar as Escrituras por parte dos judeus (nos quais somos coerdeiros
das promessas), e aprovou o testemunho da parte do Pai a Seu respeito, também
podemos por associação receber o entendimento de que o “Examinar” as Escrituras
é uma ação legal, correta e aprovada.
O que nos resta é entender que examinar não é
apenas ler. Examinar é um estudo, é pôr um sentido mais apurado, é procurar
para descobrir algo mais intrínseco que porventura Deus esteja querendo nos
dizer neste tempo presente.
Façamos como fizeram os crentes bereanos,
eles conferiam nas Escrituras Sagradas para ver se Paulo e Silas proferiam a
realidade escrituristica.
...Porque
de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas
coisas eram assim (Atos 17.11b).
CONCLUSÃO
Jamais poderemos falar o que “dá na telha”, em
nenhuma hipótese! Seja em um diálogo corriqueiro com familiares ou colegas.
Seja em um ambiente mais sério como uma entidade educacional, e muito menos
ainda, quando falamos em nome de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A responsabilidade daqueles que são
mensageiros das boas novas é bem maior do que a de um médico que, em um caso
hipotético, teria em suas mãos um antídoto para neutralizar em uma vítima, a
peçonha mortal de uma serpente. E que ao invés de fazê-lo imediatamente, abre morosamente
varias gavetas procurando uma seringa hipodérmica.
Nós temos o antídoto para curar o mal do ser
humano contaminado pelo pecado (Pecado no grego é Hamartia que significa errar
o alvo). Este medicamento é o sangue de
Jesus que, segundo as Escrituras nos purifica de todo o pecado.
Ele, o Mestre dos mestres tem uma mensagem
para o seu e para o meu coração (I João 1.7).
E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte,
e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E, abrindo a sua
boca, os ensinava, dizendo: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles
verão a Deus” (Mateus 5.1,2,6-8).
Que Deus nos abençoe!
Pastor Renato Moura
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