Desde pequena, bem pequena
mesmo! Eu tenho como tema de vida um texto que diz assim: “Todas as coisas
contribuem, juntamente, para o bem daqueles que amam a Deus.”. Esse é um trecho
da carta que o apóstolo Paulo escreveu aos romanos, há muitos anos. Rom. 8:28.
Adendo: sou fã do apóstolo
Paulo! Desde 97/98 eu trabalho em televisão, não sei se por isso, mas a verdade
é que não tenho ídolos, não costumo me identificar como fã de alguém, a não ser
de Paulo (um cara que, diferentemente dos demais, não andou com Jesus, mas foi
considerado apóstolo). Vou explicar rapidamente o porquê: um homem digno que
teve coragem de se colocar como um exemplo a ser seguido “sede meus imitadores
como sou de Cristo”- tem que ter peito pra falar assim. Tem que saber o que
está dizendo. Na linguagem machista, tem que ser homem pra falar isso! Enfim...
Sempre me identifiquei como
“não feminista”! Não gosto de bandeiras levantadas, nunca gostei da expressão
“empoderamento feminino”, nem tão pouco desse papo de “sororidade”, até porque
penso que quem é, é! Não precisa ficar alardeando! Eu sei o quão difícil é a
vida de uma mulher chefe de família! Mãe sozinha... me divorciei quando meu
filho tinha 2 aninhos e pouco e não hesitei em puxar pra mim toda a
responsabilidade da educação moral, educacional e espiritual do meu filho. Só
eu sei as doçuras e as agruras desse sacerdócio!
Ultimamente, pouco de um mês
pra cá, a pandemia me proporcionou estar mais perto do meu filho, de tê-lo ao
meu lado como profissional. E que rapaz incrível meu Gui se tornou!
Que garra! Que caráter! Quantos
princípios!
Infelizmente ele tbm me viu
chorar. Por ter fracassado? Por estar vivendo uma situação difícil? Por ter
sido humilhada? Não! Até porque não apoio o vitimismo. Mas pela injustiça e
por, agora depois de tanta vida vivida, eu o o ter exposto a crueldade, a
maldade humana! Por permitir agora, talvez desnecessariamente, que ele perceba
algumas das situações insanas que se vive pra trazer o sustento, por vezes um
certo conforto pra dentro de casa. Talvez agora eu tenha permitido o acesso
dele a pessoas desequilibradas, opressoras...
E doeu. Doeu porque me vi
muito mais do que a mulher guerreira, profissional qualificada, mas me permiti
ser mãe, no sentido mais palpável da palavra.
E não! Ninguém precisa ser
exposto assim, muito menos uma mãe, ou um filho! Mas só quem é mãe, ou filho
de verdade é que reconhece esse sentimento!
Por outro lado, eu sei, que
“todas as coisas cooperam juntamente, para o bem daqueles que amam a Deus” e se
há uma verdade nas nossas vidas é essa: o amor incondicional a Deus, que nos
amou primeiro, incondicionalmente e, de imediato pude notar que apliquei a ele
a maior de todas as lições, a de quem ele não, nunca, jamais deve ser!
Homem, filho, não precisa
gritar pra se autoafirmar. Homem, filho não deve fazer uso de entorpecentes, pq
eles destroem o “chamado coração bom” e transformam qualquer ser humano em
pessoa asquerosa e desprezível, em seres repugnantes, que se autoexpelem dos
semelhantes. Ninguém gosta de estar perto! Homens, filho, respeitam homens e
mulheres. Não se valem do que consideram ser “superioridade de raça” para se
sentir maior.
Homem, filho, não precisa de
amuletos, mandingas ou de alardear suas crenças para serem abençoados ou
protegidos. Pq somos, temos e existimos pelo único e verdadeiro Deus! Ele basta
em nós e por nós, e ser a semelhança Dele é o o que nos basta!
Eu sei que sem as palavras
acima ditas a ele, meu filho entendeu e ainda que já com seus 19 anos (como o
tempo passou rápido!) ele aprendeu mais essa lição...
Deus te abençoe, filho,
mulheres e profissionais suscetíveis ao absurdo, ou não, “sê pois, uma benção!”
Cláudia Moura