CAZAQUISTÃO
Uma lei reguladora das atividades
religiosas foi homologada no mês de outubro de 2011 e, em seu bojo, trouxe a exigência
de que as igrejas fizessem um recadastramento até o dia 25 de outubro de 2012.
Houve contrariedade quanto ao processo
de recadastramento com afirmações por parte de vários grupos, de que ele é
muito complexo, pesado, arbitrário, desnecessário e dispendioso. Para
satisfazer a lei, a igreja deve ter pelo menos 5 mil membros no país, 500 em
cada região e 50 em cada localidade. Sendo que, não alcançando esses níveis, não
há como recadastrar-se. Dessa forma, os pequenos grupos ficam na ilegalidade e
têm suas igrejas fechadas por determinação dos tribunais.
Segundo a rigidez que
compõe a nova lei, mais da metade das 46 religiões anteriormente reconhecidas,
ou seja, 60% foram consideradas ilegais e tiveram suas atividades suspensas; apenas
17 permanecem funcionando. O novo regulamento favorece as "religiões
tradicionais" do país: islamismo, cristianismo ortodoxo, catolicismo
romano, judaísmo e budismo. As autoridades estão intensificando severidade a
alguns grupos de protestantes “Evangélicos”, que são considerados como
"não integrantes dos tradicionais".
A “Igreja Pentecostal Luz do Mundo”
foi acusada de falsidade e descumprimento de prazo no cadastramento. Um dos seus
fundadores morreu, mas o seu pastor Pavel Semlyanskikh, afirmou que o
falecimento deu-se depois que a documentação fora entregue. E que a ocorrência
não pode ser a causa para o “não registro da igreja”, já que a exigência da lei
é que haja 50 nomes. Sendo que e a “Igreja Pentecostal Luz do Mundo” havia
apresentado 54 nomes. Além disso, com o falecimento daquele irmão, foi
reapresentada outra relação de nomes atualizada no dia 24 de outubro de 2012, e
o prazo limite foi dia 25 de outubro de 2012. Mesmo assim, o chefe do “Departamento Regional
de Justiça” disse que a referida igreja não fez as correções a tempo.
As igrejas cristãs foram e ainda são
as mais afetadas: líderes de igrejas protestantes afirmaram que foram iludidos
ou coagidos a aceitarem passivelmente o fechamento de suas igrejas, com a alegação
de que poderiam funcionar como filiais de grupos legalizados. Ou até mesmo
solicitarem seus registros como novas organizações. Porém, tais pedidos têm
sido negados e as igrejas permanecem fechadas.
IRÃ
Se não bastasse o fechamento de
igrejas cristãs em diversos países, somos surpreendidos por outra notícia
lamentável vinda do Irã.
A CSW-Christian Solidarity Worldwide, entidade
mundial de solidariedade cristã informou sobre
o Pastor Yousef Nadarkhani que estivera preso por 3 anos sob
acusação de apostasia do islamismo e condenado à morte, o qual fora solto em
setembro/2012, após o forte clamor mundial em seu favor.
Na época, em sua defesa se
posicionaram várias entidades e personalidades de todo o mundo, incluindo os
senadores brasileiros: Magno Malta , Marcelo Crivella
(PRB-RJ), hoje ministro da pesca no governo da presidente do Brasil, Dilma
Rousseff. Assim é que o pastor Yousef Nadarkhani
foi absolvido da acusação de apostasia, e consequentemente da pena de morte,
porém, condenado a três anos de prisão por propagar a fé em Cristo entre os muçulmanos.
No entanto, por já haver cumprido três anos de reclusão ele foi solto, após o
pagamento de fiança, para alegria da sua esposa e filhos. A esposa do pastor, que
também estivera presa, já havia sido libertada anteriormente. Convém ressaltar
a habilidade legal do advogado que defendeu o casal: Mohammed Ali Dadkhah.
PR. YOUSEF NADARKHANI É PRESO OUTRA VEZ
O pastor Nadarkhani, 35 anos, foi
conduzido outra vez no dia 25/12/12 à prisão de Lakan, em Rasht. Esse é o mesmo
local onde ele esteve preso. A suposta nova reclusão deve-se “supostamente”
para completar alguns dias (45 dias), que faltaram da condenação imposta e
também para os trâmites legais dos documentos. O ACLJ-The American
Center for Law and Justice - comunicou que essa recondução de um homem
libertado por ordem judicial iraniana à prisão, é um flagrante
desrespeito do Irã para o direito internacional.
Agravando a situação o advogado que
atuou no caso Nadarkhani, encontra-se também recolhido num dos piores e
abusivos centros de detenção do Irã, a prisão de Evin. Informes dão conta que o
seu estado de saúde está bastante debilitado devido às condições que vem sendo
submetido. O advogado teria sido preso como retaliação por sua defesa ao pastor
e ataques contra os direitos humanos do regime islâmico radical iraniano.
Lembramos que o presidente do Irã,
Mahmoud Ahmadinejad, em novembro de 2009 visitou o Brasil tendo sido recebido
pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mandatário iraniano, por
várias vezes se utilizou em seu discurso termos e frases como: fraternidade,
fim das guerras, fim das injustiças. Pois bem, eis aí uma boa oportunidade para
que Ahmadinejad evidencie que fala a verdade, e que essa suposta verdade seja
abrangente também às minorias evangélicas do seu próprio país.
Leia
também: IGREJA CRISTÃ FECHADA
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