SOBREVIDA
Renato Moura
Faço poesia sim,
Poesia de trincar a lida,
Poesia de pensar na vida,
Poesia para brindar o fim.
Sacrifícios não pagam.
Se apagam as luzes,
Pois, no pó se esbarraram.
Mas, se ressurge a luz,
A cruz indica a sorte.
Passou para vida eterna,
E a terna superou a morte.
Anjos de branco nas alturas,
Costuram rupturas sagradas.
Atam as células com suturas,
Se nesta esfera comparadas.
E, se abre o broto no sol,
Passarinhos eclodem no dia.
Comemoram o novo arrebol,
Triscam e piscam a campa vazia.
A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros;
o laço quebrou-se, e nós escapamos. O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra (Salmo 124.7,8).
© Pr. R. Moura – Publicação livre – se indicado o autor.
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