Eu não sei... não sei... Talvez, elas sintam que estão em extinção...
E que brevemente só existirão... na mente, da gente...
E no forte impulso – um salto – e jogam espumas para o alto;
Marcam as águas por um instante, mas, no outro, só restam mágoas.
Estigmas da revolta, contestação contra o arpão, que rasga e que corta;
Assassina carnificina, que mesmo sabendo escassa – caça.
E quando não caça, exclui; e se não; voluntariamente, polui...
E se o espelho não traduz o vermelho da morte,
Foi porque o sangue dessa, não jorrou – estancou – por dentro coitada!
Encalhou de madrugada; apareceu na praia do forte... por fora inchada!
Se desgarrou, perdeu o instinto, o rumo, o prumo... A vida.
Que vida? A mesma dos homens que atiram;
Dos homens – que tiram... dos que não vêem, nem viram – o perigo da vida...
E o sol queima a areia branca; e quem não sabia estanca.
Foi como um tapa na cara, que entrando lá dentro, revolta o estômago...
Vem do mar esse mal cheiro?
Não! não é verdade! É outra, a realidade – não vem da baleia morta.
Vem dessa civilização, que mal resolvida, vai levando e nem se importa.
Se forem eleitas as candidatas, se tiram o leite, ou se enlouquecem as vacas,
...ou se derrubam as matas.
Se amanhecem nos bares, se conspiram aos pares, ou se poluem os mares.
Ah - Esquece!
É melhor, sem afronte vislumbrar no horizonte – o mar – o Atlântico-Sul!
É melhor olhar ao longe e ver – o que as águas verdes, ainda têm de azul...
“Uuuuuuuuu” – “Âââh”...Ouviu?
Por que será, que as baleias choram?
Eu não sei... não sei... Talvez, elas sintam que vão se extinguir...
E que brevemente só existirão... na mente, da gente...
Se a gente ainda existir!
E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom (Gn 1.21).
© Pr. R. Moura – Publicação livre – se indicado o autor.
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