O ADVOGADO LUÍS GAMA, foi declarado "Patrono da Abolição da
Escravidão do Brasil". O feito deu-se através da recente Lei 13.629 de 16 de janeiro de 2018, sancionada pelo presidente Michel Temer.
Luís Gonzaga
Pinto da Gama nasceu em Salvador aos 21/06/1830 e faleceu em São Paulo aos 24/08/1882.
Cento e trinta e três anos depois do seu falecimento, mais precisamente no dia
3 de novembro de 2015 a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – seção São Paulo,
outorgou-lhe o título de "advogado" já que, por não ser formado, atuara como rábula ou provisionado nos meios jurídicos.
Filho de mãe negra livre e pai
branco, fora feito escravo por ter sido vendido por Luís Cândido
Quintela, amigo intimo de seu pai, ao capitão do Patacho, um
barco a vela de 2 mastros; contava nessa época com a idade de 10 anos. Foi
conduzido à São Paulo para ser vendido como escravo mas, como era baiano foi
rejeitado porque sua origem tinha fama de ser insubordinada, assim, foi
entregue então a um comerciante. Era analfabeto e esta condição perdurou até os
seus 17 anos. Após longo período de sofrimentos e vicissitudes aos quais
vencera corajosamente, arregimentou e conseguiu por vias judiciais a própria
liberdade.
Luis
Gama fora um menino livre e depois escravo, mas tornou-se homem livre, liberto
do analfabetismo envolveu-se com a parte culta da sociedade. Atuou em diversas
profissões e escalou várias posições sociais: escravo do lar, soldado,
ordenança, copista, secretário, tipógrafo, jornalista e advogado além de autoridade
reconhecida em seu meio. Na área jurídica passou a atuar na advocacia em
favor dos escravos; aos 29 anos, consagrou-se como autor respeitável e tido
como "o maior abolicionista do Brasil" foi legitimado pela Lei nº
13.629, de 16 de janeiro de 2018.
Pastor Renato Moura
“Pois tudo o que foi
escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da
perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa
esperança” (Romanos 15.4).